Aclamado por público e crítica "O Veneno do Teatro" volta ao Rio de Janeiro para sua última temporada

Protagonizado por Osmar Prado e Maurício Machado espetáculo tem reestreia no Teatro Municipal Carlos Gomes

ESPETÁCULOS

3/11/20252 min read

Fotos: Priscila Prade

O Teatro Carlos Gomes recebe mais uma vez o aclamado espetáculo “O Veneno do Teatro”,protagonizado por Osmar Prado e Maurício Machado. A celebrada montagem é aclamada em todo o mundo e encenada em 62 países com recorde de público em todas as temporadas. Muito elogiada pelo público e crítica entra em curta temporada, entre 14 de março e 6 de abril.

Com mais de 100 apresentações pelo Brasil em 2024, a peça recebeu 14 indicações ao 23°Prêmio Cenym de Teatro Nacional. Entre eles, as categorias de melhor espetáculo do ano, de melhor ator (Osmar Prado) e de melhor ator coadjuvante (Maurício Machado). “Em um momento com tantas adversidades, em que o homem apresenta sérios sinais de retrocesso e barbárie, a obra de Rodolf Sirera nos traz uma importante reflexão sobre civilidade, poder e até onde pode ir a crueldade do ser humano”, ressalta o diretor Eduardo Figueiredo.

No espetáculo, um ambicioso e famoso ator chamado Gabriel De Beaumont (Maurício Machado) é convidado por um excêntrico Marquês (Osmar Prado) para interpretar uma peça teatral de sua autoria. No encontro, o Marquês, por meio de um jogo psicológico, passa a controlar o ator. E ele logo descobre que tudo não passa de uma armadilha para submetê-lo a um experimento cruel onde os limites de realidade e ficção se confundem. Depois de muitas surpresas, o Marquês revela-se um psicopata capaz de qualquer coisa para atingir seus objetivos.

O texto original foi escrito na década de 70 após a ditadura de Franco e no início do processo democrático na Espanha. A história se passa na França, em 1784, na pré-revolução francesa. A montagem brasileira assume uma postura atemporal, inspirada na década de 20 em Paris, e é a primeira de todas as montagens já encenadas pelo mundo a apresentar música ao vivo, executada pelo violoncelista Matias Roque. A direção musical é de Guga Stroeter.

Traduzido em vários idiomas, entre eles, inglês, francês, italiano, eslovaco, polonês, grego, português (de Portugal e do Brasil), croata, húngaro, búlgaro e japonês, a peça foi apresentada em 62 países como Espanha, Inglaterra, França, Venezuela, Polônia, Grécia, Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos e Japão. Vista por mais de 6 milhões de pessoas pelo mundo, colecionou prêmios por onde passou, confirmando seu sucesso, vitalidade e contemporaneidade. Sempre em cartaz em algum país desde então, recentemente reestreou na Espanha e Argentina, com grande êxito de público e crítica.

"Dois grandes personagens, defendidos com garras pelos intérpretes. Um espetáculo que provoca o público com um texto que revela camadas inesperadas.”

(Dirceu Alves Jr. _jornalista, escritor e crítico de Teatro/SP)